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  Periquito Australiano 05/19/2024 10:57am (UTC)
   
 

Periquito Australiano


AS MARAVILHOSAS MUTAÇÕES DE KAWALL:

O criador e ornitólogo autodidata Nelson Machado Kawall, proprietário há 55 anos do criadouro Arco-Íris, fala do hobby e mostra as novas variedades
de Periquitos Australianos que está desenvolvendo

Gosto de aves desde quando estava no colo da minha mãe, ainda bebê, e ouvi o fotógrafo dizer: “olha o passarinho”. É isso que faço até hoje.

Aos 12 anos, ganhei os primeiros Periquitos Australianos, de meus pais. Eram dois casais que reproduziam muito.
Ia de bonde vender os filhotes numa loja no centro da cidade. Cada um valia cinco mil réis, uma fortuna para mim, ainda tão menino.
Recebia em dinheiro ou trocava por outros animais, como ratos brancos e pombos. Foi assim que obtive o meu primeiro Papagaio Baiano.

Aos 28 anos, depois de ter me afastado da criação por uns dez anos, retomei a atividade.
Estava casado e vivia numa casa com quintal, onde construí três viveiros de madeira.
Em cada um pus um casal de Periquitos Australianos, que comprei no Mercado Municipal. Inaugurei assim o Criadouro Arco-Íris.
Acredito que hoje o meu criadouro seja o mais antigo do país.

Para observar as aves e trocar experiências, comecei a freqüentar exposições promovidas pela Federação Ornitológica do Brasil
(N.R.: a FOB iniciou em 1952, com o nome Federação Brasileira de Canaricultura. Em 1965,
adotou o nome atual, diante do aumento da participação de Periquitos Australianos e de outros pássaros em suas exposições).
Nelas conheci criadores cariocas, mais experientes que os paulistas, e passei a visitá-los no Rio, assim como eles vinham me ver em São Paulo,
e trocávamos informações. Vi um livro alemão muito completo sobre a criação e a genética do Periquito Australiano,
comprei-o e mandei traduzi-lo, pois nada havia em português a respeito.

Em 1958, eu estava com 29 anos. A dificuldade para obter informações técnicas e o desejo de estimular a participação de
criadores em exposições me levaram a fundar, com companheiros, duas entidades ornitológicas. A primeira foi a Sociedade Ornitológica Bandeirante (SOB),
dedicada a criadores de quaisquer aves, exceto Canários e Periquitos Australianos.
De Canários havia entidade especializada em São Paulo e em outros Estados.
Mas dedicada somente a Periquitos Australianos não existia nenhuma no Brasil. Por isso fundamos a Associação Paulista de Periquitos Australianos (APPA),
que hoje se chama Associação Paulista de Criadores de Periquitos Australianos (APCPA),
tem 50 sócios, e é presidida por mim. A SOB agora está com 270 sócios, sou seu vice-presidente e a presidi por oito anos.

Somente em 1959, aos 30 anos, vi ao vivo os famosos Periquitos Australianos aprimorados na Inglaterra.
Um dos meus amigos cariocas e mestre, Humberto Ferreira, havia trazido trinta casais. Eles tinham porte bem maior do que os nossos melhores exemplares, no Brasil.

Dois anos depois, em 1961, ganhei dele dois filhotes descendentes daquelas aves. Era um casal “asinha”, ou seja, com defeito nas asas.
Mas cresceram e me deram filhotes maravilhosos. Entusiasmado, naquele mesmo ano, construí 20 viveiros na minha nova casa, no bairro dos Jardins, em São Paulo.
Acasalei aqueles filhotes com Periquitos Australianos comuns. Fui selecionando, privilegiando a genética do tipo inglês, atento ao tamanho, porte e cabeça dos exemplares.
Consegui assim formar o melhor plantel de tipo inglês de São Paulo.

Em 1968, resolvi conciliar a minha profissão de industrial com a criação e o comércio profissional de aves estrangeiras e nacionais, em conjunto com quatro sócios.
O empreendimento chamava-se Avex Aves Exóticas Ltda.
Era o maior e mais bem construído aviário do Brasil, e procurávamos reproduzir Cacatuas, Lóris, Roselas,
Turacos e pássaros de menor porte, mas também de grande beleza, como Diamante de Gould, Bavete e Sparrow.
Tínhamos 40 viveiros de 3 m x 6 m, com 2 m de altura e 400 gaiolas para Manons, amas de outras aves.

Naquele mesmo ano, aproveitei a mudança para a minha atual casa no Butantã e substituí a criação de Periquitos Australianos por uma de mutações de passeriformes
(nomenclatura que significa “passarinhos”, o que exclui os psitacídeos): Azulão, Coleirinha, Tiziu, Canário-da-Terra e outros. Foi também em 1968 que,
juntamente com os diretores da SOB e ornitófilos Johan Dalgas Frisch e Wilson Mendonça da Costa Florim, consegui oficializar o dia 5 de outubro como o Dia da Ave,
quando foi aprovado o Decreto 63.234 que regula o assunto.

Em 1978, tivemos de desfazer a Avex porque o proprietário pediu o terreno de volta. Eu já tinha tantos passarinhos mutantes em casa que estava com 40 viveiros.
Vendi todos e substituí os 40 viveiros por 60, apropriados para psitacídeos. Coloquei neles casais de psitacídeos nacionais Tuins,
Jandaias e Papagaios, trazidos da Avex, preferencialmente em mutações azul, lutino (amarelo), canela, etc.
Mesclando exemplares dessas cores, eu procurava sempre apresentar novas mutações.

 Todas essas atividades me levaram a ler, pesquisar muito e trocar muita informação com os melhores criadores do País.
Fiz também três viagens ao exterior, nas quais troquei conhecimento com grandes criadores, principalmente de psitacídeos,
criadores de zoológicos e estudiosos de aves. Aprendi muito também com eles.

Fui me tornando, assim, um mestre autodidata em ornitologia.
Cheguei a dar palestras a biólogos e zoólogos de diversos níveis, abordando assuntos ornitológicos como criação de psitacídeos, melhores dimensões
de ninhos e viveiros, alimentação ideal e manejo adequado.

Nestes 50 anos, concorri em mais de 50 exposições no Brasil e cinco no exterior, principalmente de Periquitos Australianos, e ganhei mais de 100 prêmios.
O último foi no ano passado: Melhor Periquito da exposição da APCPA.
Sou citado, em conjunto com outros quatro brasileiros, no livro de ornitologia inglesa Who's Who, de 2002, entre 1.400 pessoas do mundo ligadas à ornitologia.
Escrevi artigos para publicações nacionais e tornei-me consultor da Cães & Cia, desde quando surgiu, em 1979, e do programa televisivo Globo Rural, entre os anos 70 e 80.


 

Fonte: http://www.petbrazil.com.br/

 
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