Guppy

Ele está entre os peixes mais populares do mundo. Só para dar uma idéia, nos Estados Unidos - o maior centro mundial de criação dessa espécie - e aqui no Brasil, o Guppy (Poecilia reticulata) é o segundo peixe mais vendido, perdendo apenas para o Kinguio. O número de exemplares comercializados é simplesmente fabuloso. Em apenas uma distribuidora brasileira, a Piscicultura Hiramatsu, que abastece mais de 50 lojas em todo o País, a demanda mensal por Guppies é de praticamente 20 mil exemplares. E na distribuidora norte-americana Acqua Rock Company, na Flórida, que fornece peixes para um número menor de lojas, as vendas de Guppies são ainda maiores: atingem a casa dos 30 mil exemplares. Nas lojas, que atendem ao proprietário final, a enorme procura pela espécie explica o porquê de uma distribuição tão massiva.

Em cada uma das três pet shops dos EUA pesquisadas por Cães & Cia são vendidos - por semana - nada mais, nada menos que 500 Guppies. 

Nas lojas brasileiras, os números são mais modestos mas, tendo em vista a realidade nacional, não menos surpreendentes. Entre as quatro procuradas pela nossa reportagem, aquela que vendia menos atingia 60 exemplares semanais contra 240 da que vendia mais.

FORÇA MUNDIAL

A força e a tradição do Guppy na aquariofilia impulsionou a formação de entidades, em diversos países, para congregar hobbistas. A mais tradicional delas é a norte-americana International Fancy Guppy Association (IFGA). Fundada na década de 60, a IFGA reúne 16 clubes regionais dedicados exclusivamente ao Guppy e os ajuda a patrocinar os cerca de dez eventos anuais que promovem.

Bem mais recente, a World Guppy Association (WGA), sediada na Alemanha, país europeu onde a criação da espécie está mais desenvolvida, foi fundada em dezembro do ano passado, com a proposta de se tornar uma entidade mundial. "Já temos sócios espalhados por diversos países europeus, além de Japão, EUA e até Brasil", conta o presidente da entidade, Oemer Guelmez.

BRASIL

Não é de causar estranheza que os EUA possuam clubes especializados na espécie assim como o Canadá, o Japão e muitos outros países europeus também. Afinal, é difícil encontrar um hobby onde os países mais avançados não estabeleçam verdadeiras organizações a respeito. Mas e quanto ao Brasil? Aqui, sim, afastando-se do circuito dos cães, é bem mais raro encontrar um clube especializado em uma espécie única de bicho. Até nisso, o Guppy surpreende. Ainda que esteja em caráter inicial, em maio do ano passado foi fundado o Clube dos Criadores de Guppy (CCG), em Belo Horizonte. "Já temos cerca de 200 sócios e nosso primeiro evento será em dezembro, na Pet Fair, que é uma exposição de pequenos animais", comemora o presidente e fundador da entidade Rodrigo Ziviani. "Também estamos pretendendo formar clubes regionais para injetar um novo ânimo na criação de Guppies no Brasil", completa.

Fonte: http://www.petbrazil.com.br/