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  Cobra venenosa ou não? 05/19/2024 8:42am (UTC)
   
 

Cobra venenosa ou não venenosa?

O reconhecimento de serpentes peçonhentas deveria fazer parte do currículo escolar, principalmente nas áreas rurais do Brasil. Nós teremos que recapitular alguns pontos já colocados mas, antes, tentaremos explicar o porquê da importância do assunto.

O problema central é o tratamento das vítimas de mordidas de cobra. Essencialmente, isto é feito com a soroterapia que deverá ser a mais específica possível.

Vejamos isto:

O antídoto contra o veneno é preparado a partir de soro de cavalos que são imunizados contra a peçonha de cobras. Doses crescentes de veneno são injetadas durante um período para que o animal fabrique anticorpos contra o mesmo. Depois, retira-se o sangue do cavalo e prepara-se o soro anti-ofídico para uso em pacientes mordidos por ofídios.

É possível injetar mais de um tipo de veneno, por exemplo de jararaca e cascavel no cavalo, a fim de que faça anticorpos contra ambos os serpentes. Isto é feito e existem soros bivalentes: antibotrópico e anticrotálico (contra jararaca e cascavel), antilaquético e antibotrópico (contra surucucu e jararaca), etc...

Entretanto, a eficiência da terapêutica é muito maior com um soro específico do que com soros multivalentes. Assim, se o acidente for com cascavel é muito melhor injetar no paciente soro especificamente anticrotálico, do que um soro polivalente.

( Esquema da produção de soro)

Esperamos que tenha ficado claro que, se o cidadão acidentado informar corretamente ao médico o tipo de cobra que o mordeu, ele receberá uma terapêutica muito mais eficaz. Em caso de dúvidas, lhe será administrado soro polivalente de menor eficiência para combater o veneno ofídico.

Talvez, neste momento, você esteja formulando duas perguntas:

a) "O médico não é capaz de diagnosticar pelos aspectos clínicos o tipo de cobra que mordeu a pessoa ?"

b) "Será que o hospital não tem algum teste para detectar o tipo de veneno ?"

Ambas são excelentes questões e vamos respondê-las.

a) A prática clínica com vítimas de ofídios peçonhentos leva ao reconhecimento correto do serpente responsável pelo acidente. Portanto, a resposta é de que o médico é capaz de diagnosticar pelos aspectos clínicos o tipo de cobra que mordeu a pessoa. Mas, e é um mas grande, são poucos os profissionais que têm a prática necessária para fazer este diagnóstico. Lembre-se que no início dissemos que mensalmente existem 1.500 a 2.000 casos de ofidismo ? Isto no Brasil todo. Quantos serão os médicos que têm experiência suficiente para reconhecer os quadros clínicos específicos de cada gênero de serpente ? Certamente poucos. Só aqueles que trabalham nos grandes centros de referência para tratar estes acidentados. Por exemplo, Hospital "Vital Brasil", Hospital das Clínicas de Botucatu, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e alguns outros centros que concentram os casos de ofidismo no país.

b) Quanto a exames laboratoriais para diagnosticar tipos de venenos de cobra, eles existem e são capazes de identificar o veneno e até a quantidade que foi injetada pelo animal. Porém, há dois obstáculos a vencer: primeiro, a lentidão desses testes – os pacientes não podem aguardar horas – segundo, a dificuldade técnica e o custo, que limitam sua utilização aos centros de excelência. Os acidentes ofídicos ocorrem, na mais das vezes, longe dos hospitais bem equipados e, quando os pacientes chegam aos postos de atendimento, é preciso agir com rapidez e com os meios disponíveis: soros e outros remédios.

Certamente, até que não haja um meio de diagnosticar o tipo de veneno nos centros médicos e postos de saúde em todo o país, é importante que a vítima seja capaz de informar a espécie (pelo menos o gênero) de cobra que a mordeu: jararaca, cascavel, surucucu ou coral. Levar o ofídio – vivo ou morto – até o centro médico é uma ótima idéia, desde que a captura ou matança do animal não resulte em novas mordidas.

Examine essa tabela de reconhecimento de serpentes peçonhentas. Ela mostra os pormenores: tipo de cabeça, fosseta loreal, dentição, aspecto das escamas e cauda.

Venenosas

Não Venenosas



Cabeça chata, triangular,
bem destacada.



Cabeça estreita,
alongada, mal destacada.



Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas (quadradinho preto).



Olhos grandes, com pupila circular, fosseta lacrimal ausente.



Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de aspereza.



Escamas achatadas, sem carena, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio.



Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo.



Cabeça com placas
em vez de escamas.



Cauda curta, afinada bruscamente.



Cauda longa, afinada gradualmente.



Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se.



Quando perseguida,
foge.

Tudo poderá ser facilmente verificado, se tivermos um animal morto ou imobilizado que poderá ser examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a situação é bem outra, no entanto há algumas observações que geralmente dá para fazer.

1. Verifique a coloração do corpo do animal que lhe mordeu. Os característicos anéis coloridos das cobras corais são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma cobra coral. A confusão com as serpentes corais falsas é irrelevante, pois não trará nenhum perigo à sua saúde.

2. Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o chocalho típico da cascavel. O chocalho também se ouve: antes de dar o bote, a cascavel balança vigorosamente a cauda para lhe espantar com o ruído. Repetimos que o chocalho é muito óbvio e fácil de reconhecer. Já as escamas eriçadas da cauda da surucucu é muito mais difícil de ver.

Chocalho


As serpentes crescem rapidamente após o nascimento e alcançam a maturidade após 2 anos (as grandes cobras, jibóia e sucuri, após 4 ou 5). Durante suas vidas os ofídios mudam a pele regularmente e é comum encontrar-se cascas de serpentes abandonadas no campo. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. A finalidade é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto.

3. Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada.

4. Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc...

 

Fonte: http://www.saudetotal.com.br/

 
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